quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Hoje estive com ela...

Hoje estive com ela...Frente a frente de um pecado meu...



Fazia uma linda manhão na terra da garoa, todos como sempre apressados, mas eu não me deixava contaminar, nem a mim, nem ao companheiro ao meu lado, afinal era quinta feira, meu dia favorito.

Em meio ao um passeio em busca de coisas uteis em nossos trabalhos, resolvemos dar uma passada, no lado central de sampa, lá pros lados de cima, e esperando absolutamente nada, minha mente e olhos estava voltada apenas, para aquele belo ser intelecto e insano ao meu lado, que iluminava todo o dia, com aquele singelo sorriso doce, com gosto de infância.

Após algumas compras, uma parada no velho pastel de feria, muito bem composto de uma delicioso caldo de cana gelado, com limão. Passos mais a frente, bem de topo com o teatro municipal, encontramos amigos, comprimentamo os, com beijos e abraços, as tipicas perguntas e respostas foram pedidas e dadas;

Com um sorriso expresso jamais tirado do rosto, estava eu, rindo de piadas bestas, rindo do meigo jeito, rindo da quinta feira, quando num tiro, vejo ela se aproximando.

Penso que fiquei horas parada, me certificando de que era ela mesmo, hoje em dia com os cabelos mais escuros, mas a bele macia branca de longe refletia, aquele tamanho pequeno, que te certa forma me iludia, me fez querer matar naquele momento.

Como de fato sem saber da história, e dos pecados que ambas tinhamos uma com a outra, ela se aproximou do grupo, sem me notar, e comprimentando meus amigos, de jeito posso dizer que doce, uns gritinhos do tipo " Que saudade" ela deixou escapar, eu não conseguia parar de analisar aquele pequeno ser ali, diante de mim, mostrando no dia em que eu estava tão esquecida do passado, como sou menor que ela.

Uma amiga então a traz pra perto de mim, e me apresenta a tal pequenina, "Laiza essa é a Stephanie, Stephanie esta é a laiza (riso)" eu com a face sem qualquer expressão, tentei sorrir hipocritamente, mas não sei se consegui, ela com aquele jeito contagiante, me comprimenta , ate com um abraço, e por um segundo que seja, senti aquele maldito calor que ele trazia de si.

As duas, saem de lado conversando, e o dono do sorriso mais belo, me pergunta se esta tudo bem? Oque tinha acontecido? Eu não podia falar, oque tinha acontecido, nem oque estava acontecendo, nem oque jamais iria acontecer, afinal jurei a mim, não mais falar sobre o tal fato consumado.

Me sentei então aos pés da escadaria do velho teatro, e sem discreção fiquei a olhando, vendo como era linda, como era meiga, e parecida com a personalidade que dei a ela um dia desses atraz, naquele momento quis poder mata la, destrincha la dos pés a aquela cabeça pequenina, sem do , sem remorso algum, poderia amarra la atraz de um carro, e sair pela cidade puxando a, e ouvindo qualquer som que fosse no alto, ignorando aqueles gritos finos e doces, que ela soltara.

Mas, ao mesmo tempo que a maltida raiva pela segunda vez tomava conta de mim, a lembrança saudolenta tambem fazia um estrago na minha alma liberta, não pude conter me, e deixei que as lagrimas caissem, agora então comecei a soluçar, sendo afagada por aquelas lindas e finas mãos tocantes de viola, que no meu rosto segurava, tentava
os seus olhos preocupados e curiosos encarar, ouvindo todas aqueles intimações, mas sem conseguir se quer falar.
Então a criatura pequena, acompanhada de minha amiga, vieram saber oque estava acontecendo comigo, minha vntade na hora era de dizer ao certo o motivo daquelas lagrimas grossas, mas eu jamais poderia faze lo.
Pedindo apenas pra ir em algum banheiro proximo, lavar meu rosto, fui imediatamente levantando, sem olhar muito pros lados, apenas agarrei aquela mão, e nela grudei ate o meu destinado, chegando ao banheiro, entrei só, e então sim, pude chorar o quanto queria poder gritar, e de uma vez por todas poder me libertar daquela maldita e estupida culpa passadiana futurenta.
Decidindo sair daquele banheiro, cheirando alfazema, lavei meu rosto rapidamente, sem saber porque dei uma desgarda idiota, respirei fundo e disse adeus, aquele eu de mim que joguei ao vaso privadico. Na porto meu anjo ali, me esperando, com aquela face preocuposa, com aquele braços prontos pra me cobrir, e aquele lindo sorriso pra me proteger de qualquer dia de frio.
Então, ele me pergunta : " Oque houve meu bem? ( E num tom ingenuo) Eu fiz alguma coisa?" Eu sorri naquele instante e disse que naquele momento queria apenas voltar pra onde estavamos, ele ja conhecido das insanidades de sua companheira, sorrindo, me beija a testa, e abraçado a mim, me guia ate lá, mais uma vez, tentanto colocar todas as aulas de teatro ao mesmo tempo em mim, forcei apenas uma pessoa alegre, que deu um pequeno ataque de posso dizer " Tristeza poemistica", e após dizer que estava tudo bem, para algumas pessoas não conformadas a minha resposta me sentei, na velha e suja escadaria.
Tomando aquela brisa de fim de tarde no rosto, procurei com os olhos, a pequenina, então a vejo, saindo de um bar, carregando uma lata de refrigerante, o sol parecia brilhar apenas nela, e como num palco, tornou se o foco, e sem saber o seu papel, apenas esbanjava aquela beleza pura, e culpada, que fizera morrer. Vindo cada vez mais perto de mim, se senta ao meu lado , e pergunta " Você esta melhor? Oque você tem?" Eu olhei aquele olhos cinzas que me fizeram tanto sorrir em madrugadas antifas, e mais uma vez sorri, dizendo que estava tudo bem, e agradeci a preocupação, ela com um enorme sorriso, maior e bem mais seguro do que o meu, um sorriso de quem sabe exatamente onde pisar, de quem não tem medo, de quem ama e é amado, de quem sonha junto, diz pra mim, as seguinte palavras " Não fica mal né, por qualquer motivo que seja não vale a pena né " e eu, apenas repeti sorrindo dizendo que não vale a pena.
Ja farta do encontro que jamais queria ter na vida, peço pra irmos embora, minha forte arvove, concorda, e na mesma hora, levantamos e começamos a nos despedir dos demais, após, algumas palavras de incentivo, e cobranças amigais, chega a hora de me despedir dela, com o corpo frente a frente do dela, digo, apenas o tchau, o tipico e velho "Tchau" , mas como uma pequenina perfeita, ela jamais me deixaria sair com um simples "Tchau", e me abraçando, diz mais ou menos : " Que fora um prazer, e pra eu não esquecer oque havia me dito recem, que por qualquer motivo que seja não valia a pena..."
No caminho pra casa, obviamente todo o percuso, curioso meu bem estava, queria saber oque de fato acontecera comigo, e então, quebrei minha promessa, e lhe contei " O tipico caso da viagem perdida", ele como os poucos que sabem, ficou abismado, pasmo, posso dizer que por instantes palido, mas compreendeu de forma humanavel, e como havia de se esperar, culpou os envolvidos na "Epopeia" claro dando uma porcentagem maior ao "Desconhecido".
Quinta feira, ainda continuara sendo meu dia favorito, claro que a lembrança do dia ficara sempre arquivada, mas irei coloca la junto a estante, onde guardo minha tela, onde guardo minha saudade, desde alguns dias, mes atraz, pela ultima vez, esperei o impossivel hoje, senti oque sentia aguardando minha não nuvem chegar, e vi que de certa forma fora lindo, oque fizemos ambos passar.
Me encantei ainda mais, com minha forte arvore, o anjo da compreensão, e da doçura, um ser não perfeito, do jeito que o pedido manda, senti não digo que sera a ultima vez, pois saudades são inifitas, mas, senti uma saudade, de que, amanhã, esqeucerei, obvio que enquanto nuvens existir lembrarei, mas isso é um remedio pra não morte, mostra que ainda estou viva.
Há dias atraz, fiz um pedido aos elementos, que não permitissem mais, que eu pudesse amar, mais uma vez, redimo me, diante tal equivocação, peço que permitam me amar, ate os meus infinitos dias, amor e frustação como diz o meu guardião, "É alimentação dos eternos escritores e sonhadores".
Da minha memoria não se apaga aquele momento tão presente, e como fotos não vividas, vejo situações que jamais aconteceram, mas acima de tudo vejo, um enorme campo, com vacas e o sol nascendo pela manhão, vejo uma linda praia azul empedraiada, vejo o guaiba sendo cumplice do minha lamentação, vejo o ano que passou, vejo os planos que não fiz, vejo o ano que vem chegando, e vejo que eu so vi ate hoje oque eu quiz.
O tempo infelizmente não volta atraz, apenas nas palavras e nas lembranças, mais o tempo que vai adiante cabe a nos, pobres seres clicheticos definir, com o coração quase pronto pra um proximo tombo, segui nessa minha ponte ilusoria, levando hoje, ainda mais bagagens que levei pra um lugar longe e frio a 30 horas daqui.
Fechando os olhos agora, cansada de relatar oque me acontecera, vejo um sorriso jamais visto, e quando abro, vejo um sorriso, que venho sentindo a dias, a escolha é simples O INATINGIVEL, pois tudo é inatingivel, quando se toca, não brilha mais, nossos fragmentos e paginas, são apenas nossos, por mais que venhamos sentir, não podemos tocar, tudo é como o sol, brilha de longe, quando se chega perto se feri, enfim não vamos filosofar tão pouco poetizar as belas lamentações da vida, pelo menos não hoje.
Com os olhos abertos, ainda vejo ela, e ouço sua fina voz, me aconselhando, ouço o infernozo barulho do centro, posso ate sentir a brisa leve batida na minha face a horas atraz, posso ama la de forma humanavel, e ao mesmo tempo odia la com a mesma intensidade, afinal amor é odio são apenas uma parede, o bloco e o cimento, se pode odiar alguem, sinal que estar preparado pra ama la, so se ama quando se sabe odiar tambem.
Encerrando, essa minha posso chamar de " Cronica dial " sorrio, feliz com o novo ano que chega, confusa com os possiveis mais problemas tradicionais, esperançosa com os lindos cachos que se enrolam aos meus e triste que é o gelo da minha bebida, mas ainda não esqueço a perfeiçao da pequena, e a frase " Esta é Stephanie...Stephanie..." jamais...jamais... Pra mim apenas....
Pandora...Apenas...Pandora...

E que mais quintas ferias permitam me viver...

Laiza Aiaros 05 de Dezembro de 2008