domingo, 12 de outubro de 2008

Criança, Feliz dia!

Quando se é criança, tudo, absolutamente tudo, é extremamente fantastico e colorido, parecemos ver mais graça em todas as coisas ao nosso redor, e nem fazemos nota da podridão volta que odoro nossos dias.
Os dias felizmente se passam, claro que a saudade das lembraças infancias são permanetes, algumas muitas boas, outros casos muitas lagrimas, mas naquele tempo de pequenino, por mais dor que houvesse, aquele sozinho timido e sincero, estaria sempre ali, expresso em nossos rostinhos criançais.
Esse fim de semana, tive a dadiva de poder estar em meio a elas, mesmo tendo alguns pequeninos ao redor, é um experiência totalmente diferente, nossos pequeninos estão treinados a conviver conosco, e os de fora, estão ali sincero pronto para a primeira pergunta indiscreta, sem preocupação alguma.
Em meios de balões, e muito bem munida com meu narizinho vermelho buzinoso, fazia com que a criançada me rodiassem, criando lindos sorrisos, e conhecendo um pouco de cada um, fui tomando muitas lições.
Enquanto dava forma aos balões compridos, puxava papo com todos eles, sabendo oque desejariam do capitalistico "Dia da Criança", sabendo seus nomes, e ate mesmo suas vidas, conforme a reposta era me vinda.
Muitos com pedidos, de extrema altura de notas, muitos desejavam mais de um presente, muitos pedindo deus e o resto do mundo, outros ainda na duvida,mas seguro de que oque escolhesse ganharia.
O meu dia de trabalho se finalizava, e depois de muitos docinhos e algums indoçaveis, chegam a mim dois irmãos pequeninos, as roupinhas rasgadas, simples e suja, com os pés endedados em um chinelo de dedo gasto ja, me pediram para criar nos balões duas espadas, eu enrolando a bexiga ate então sem vida, conversava com eles, ganhando tempo para terminar meu trabalho, lanço então a seguinte pergunta: " E vocês ja sabem oque vão pedir de dia das crianças?" e um deles apenas abaixa a cabeça, enquanto outro sem jeito tentando me encarar nos olhos diz : "Ah! Tia eu ainda não sei" eu notando o sentido daquele olharzinho e daquelas palavras, fiquei totalmente perdida no que eu responderia, pois não se tratava de um duvida, e sim que ambos pequeninos, sabiam que não ganhariam nada.
Notando a inutil importancia daquelas espadas balonescas que eu criava, pois, talvez seria a unica coisa que ganhariam me frustei, e querendo estourar todos aqueles balões, me esforcei colocando um sorriso na face, desejando um feliz dia das crianças, e entregando seus possiveis unicos presentes.
Me enfureci, jamais pelo meu trabalho, mais sim,por ser tão pequeno esse meu espirito, que andava abalado com muitas coisas, me vi minuscula, me comparando com aquelas duas crianças,que mal alcaçavam meu quadril, e vi tão fragil como um bexiga, diante de um problema estupido, me vi de mãos atadas, em relação ao um mundo desigualdoso, onde, se tem tanto pra dividir, e não se fraciona nada.
Voltando pra casa, com a mente direcionada, nas tantas coisas que eu tinha de evoluir dentro de mim, coberta de um cansaço retribuoso, notei o quanto somos tão adultos.
E abrindo mais uma vez minha bolsa, peguei aquele nariz vermelho buzinoso, e tive a respota, de que não devo deixar jamais de ser uma criança, não na ingenuidade e brincadeira, mas na sinceridade, na divisão, na igualdade, no respeito, e na não maldade que elas possuem.
Um dia posso a vir a ter meus piazinho barrigudinhos, e espero poder estar sempre ali, pra tudo que necessitarem, criando os, ja com uma mente que não espera presentes nem acredita nesses dias criados pelo sistema, mas acima de tudo os preparando para os balões que talvez eu não possa dar!


Laiza Aiaros 12 de Outubro de 2008