domingo, 30 de novembro de 2008

A menina do pincel

Ela desenha no ar, tudo oque queria ver
Tudo oque queria ouvir
Quem sabe, tudo oque sempre quis dizer...

Ela brochurava no ceu, seus planos perfeitos
Lindos dias banhados de mel
Sem mais lagrimas os desalentos...

Com a ponto do pincel,
sorria, chorava
Fingia existir...

Com os olhos sonhantes como os meus
sentia...Sentia...

Mas o ar onde tantas formas criara
Um dia sentiu apargar
E com um lapis, naquele momento
Resolveu desenhar...

Na pota do lapis teu
O mundo pos se a contornar
Não existia mais o pincel
Tão pouco tinta no ar...

Um dia cansada de fazer
Apenas sentou e olhou
Durante horas, ali apenas ficou...

Numa tarde dessas
Prometeu ir te ver
Mas, aos berros teu desistiu
Quando você, pediu pra ela esquecer...

O verso, quem sabe poema de três linhas
Tornaram ao fim de quatro
Mas o palco ainda era seu
Pois trabalhe ainda, seu ato...

No dia que mais uma vez voltou a pintar
Triste chorava
Pois olhava a infinita tela sua
E não via nada...

Desespero, que tomou conta
Ponta de lapis quebrada
A um redor que nada aponta...

São novos dias antigos,
pobre menina pintora
Hoje quem sabe seja um dia
de almoçar com os amigos...

Pois sei, amigos não tem
Pois sei, nada mais a convem
Pois sei, não vá se encantar novamente
Com os espaços em branco

Que não lhe querem bem.


Laiza Aiaros