terça-feira, 25 de novembro de 2008

O diamante

Posto a um velho bar, com as mãos descançadas no balcão molhado
Estava o homem, seu nome Luparino
Existiam mais, alguns tombados naquele estabelecimento perdido no tempo
As garrafas brilhavam em sua direção
Com o copo pela metade, tomava apenas vodka sem gelo
Os olhos sempre cabrerados, mas o coração desamado
Nem sorria, nem chorava, tão pouco expressa qualquer emoção
Mas notava se o desespero nas mãos tremulas daquele homem
Ao fundo a velha blues band tocava
Canção de dias desilusidos o confundiam
Madrugada de domingo
Como se num ultimo apego, encerra o trago da vodka
Juntando toda a coragem e força do mundo
Se levanta, quase caindo
E grita ao mundo :

Foda se as pequeninas lorinhas e as pequeninas de pele macia e cabelos negros

Foda se todas essas que ainda viram

Foda se todas essas minusculas criaturas, que afirmo literalmente, roubarão meu coração!

E por assim aplausos formam tocados...

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