sábado, 4 de agosto de 2012

Vermelho de Batom, vermelho

Ponho os ossos pra brincar

enquanto o seio xinga, ronca e cospe

Nessas entradas e saídas que permite faíscas as feridas

E entre o coração e a alma, eu queimo o corpo

Rasgo a boca, que saliva esperma

Faca..Fato...Falso

Acho que não quero mais nada.

Mate me por favor

Por um instante perdido dentre as horas

Irritou se a alma cansada de implorar o desejo

Cansada, arrancava a face nas pontas das unhas

E o nojo tomava de conta o coração vazio

Na vazia busca além da intolerância e o descaso

O ser tapete, que se frusta pela maldita fina

Gozo fétido que faz os rins pularem pra fora

Escarra na cara. Mas não aja com piedade!

Grampos

Os sábados feito esses me deixam só

Deixam meus pensamentos ariscos

E as vontades ruins surgem feito o nascimento

E trocaria tudo por força

Força de escolher oque pensar, oque sentir, oque querer

A cada ponto uma ponte cresce

Presa nesse imenso pontilhão

Conto as estrelas que nem vieram hoje

Alguns amigos, tem me entediado

Como se em segundos, ficasse velha

Ouço...Falo... Só não toco

E os dias seguem, com esse medo vinho

Beberia todas as garrafas cheias

Gargalharia pra rua

E do nada o doce ficou azedo

Horas

Horas

Horas

 ...


Quase nada.

Soraia Laiza