E com as unhas esmaltadas de vermelho
Segurava com uma garrafa esverdiada
Dentro dela existia um vinho, ja tomado
Restabdo apenas a metade, quase fim
Sentada em um banco praçal, em cima as pernas
Olhava fixamente para nada
Não podendo perde sequer movimento
Que o abismo entre a insanidade e a sanidade pudesse
expressar.
Uma noite, rodeada de nuvens acizentadas,
com longiquas estrelas verdes
Não havia nada, não havia ninguem
Apenas...
Com se uma fotografia fosse disparada
Abrio aquele imenso sorriso luminante
E rindo, como se visse o fato mais comico da histórias
Levanto os braços, junto sua garrafa
Ouvi se então aquele alto grito
Ahhhh!...
Abaixando os braços, pegando um cigarro em sua bolsa ao lado
Apoia o no canto da boca, enquando ascende, repousando sua
garrafa no banco
Sugando aquela fumaça branquiçada pra dentro, como se não mais importasse
Tragango mais uma longa golada de vinho
Mais uma vez, concentrada na grandissima e bela imagem do nada
a sua frente
Viasse então suas lagrimas cairem
Borrando toda sua maquiagem escura
Pintando as lagrimas de preto, que escorriam caindo em sua boca
Outra golada profunda, derrotando por completo o restante do trago
Praticamente comendo o cigarro que a beijava
Aquela expressão de nada, nada
E assim como ferida
Começa dar voz a suas lagrimas caidas
E elas então gritavam naquela madrugada
Levando as duas mãos ao rosto
Parece não conseguir conterse
Chorava agora compulsivamente
Deitando suas mortas mãos sobre as pernas
Levantava a cabeças aos poucos
Novamente adimirando a não existência
Seus labios foram abrindo delicadamente
E como se parasse o tempo
Cuspia uma sordida reunião de palavras formando um sentido completo
...Eu te amo...
Banhando se em lagrimas novamente
Tampando mais uma vez seu lagrimoso e borrado rosto chorante com as mãos
Agonizava...
E suas unhas esmaltadas de vermelho
Refletiam seus olhos
Jamais perdoados...
Laiza Aiaros 02 de Outubro de 2008
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